quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Portas e Janelas


Dra Rapha: Rapha, querida, como estamos passando?

Rapha: Bem doutora. Melhor do que estive na última consulta.

Dra Rapha: Que ótimo querida. Vejo que estamos fazendo progresso.

Rapha: Sim, espero que sim.

Dra Rapha: E o que você me conta de novo?

Rapha: Bom dra, eu fui demitida.

Dra Rapha: Oh meu Deus, Rapha! Sério? E como você se sente?

Rapha: AH tô bem dra. Eu nem gostava do emprego mesmo. Pra mim foi bom porque vou receber os dinheiros lá né?

Dra Rapha: Mesmo assim, ser demitida é algo tão chato, Rapha. Certeza que você está bem?

Rapha: Estou sim. Agora posso tirar a "Rapha empresária" do armário, vou investir nessa coisa de comércio e tal. Vai ser divertido.

Dra Rapha: Bom, dizem que toda vez que Deus fecha uma porta ele abre uma janela.

Rapha: Eu nunca entendi isso, dra.

Dra Rapha: Como assim?

Rapha: Por que ele iria fechar uma porta e abrir uma janela e não outra porta? Por acaso eu virei amante pra tá entrando ou saindo pela janela? OU ele abre porque agora ficou abafado e ele só quer que ventile um pouco? Quer dizer... Qual o sentido disso?

Dra Rapha: Não sei... É apenas o que dizem, querida.
Rapha: As pessoas falam muita coisa, isso sim. Coisas sem sentido.

Dra Rapha: Às vezes sim.

Rapha: Bom dra, eu vou indo nessa. Tenho que tocar uma empresa pra frente.

Dra Rapha: Sim querida, volte quando puder.

Rapha: Sim dra.

Dra Rapha: PRÓXIMA.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Encosta sua cabecinha do meu divã e chora

Dra Rapha: Olá Rapha.

Rapha: Oi dra... *deitando no divã*

Dra Rapha: Que me manda?

Rapha: Bom... Dra eu posso só deitar?

Dra Rapha: Só deitar?

Rapha: É, assim, eu poderia deitar e falar sobre tudo que me aflinge dra, aí você iria me analisar, o de sempre. Iria falar dos meus medos, minhas inexistentes felicidades, como penso que tudo que amo se não está, vai ir para longe, como existe um sentimento constante de que tudo está sempre escapando por entre meus dedos e isso me deixa muito aflita... Ou eu podia deitar aqui, chorar em silêncio e você podia só imaginar que dores motivaram cada lágrima. Algo diferente.

Dra Rapha: ...

Rapha: ...



segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Deita no Divã Comigo II: O causo da fruta mentirosa.

"Cara Dra Rapha,

estou aqui lhe escrevendo pois estou traumatizada com uma fruta mentirosa. Isso mesmo que a senhora leu, dra, uma FRUTA MENTIROSA. Como todo ser humano comum, entendo que a senhora já deve ter tomado Nesquick de morango, milk-shake de morango, pirulito de morango e comido um biscoito recheado de sabor morango. Pois bem. Sempre comi e tomei estas coisas e pensava "Nossa, o tal morango deve ser bom mesmo!". Fiquei tão empolgada com o suposto sabor de tal frutinha exótica que fui ao mercado e comprei meio quilo de morango pra comer. Quando cheguei em casa e botei aquela... FRUTA MENTIROSA na boca, quase cuspo tudo de nojo. Morango é azedo! Não tem gosto de nesquick! Nem de pirulito ou do recheio do biscoito! É horrível dra! Como as pessoas podem dizer que aquilo lá tem gosto de morango? Que fruta mentirosa. Mas isso me fez pensar tipo... Meu Deus e agora? Será que todas as frutas são assim? Todas mentem? Me ajude dra.

Ass M."


Dra Rapha: Bom minha cara coleguinha, creio que você foi vítima do que gosto de chamar de "sindrome do morango do nordeste". Morangos, ainda mais os do nordeste, são todos meio azedos. Na verdade o milk shake, biscoito... Tudo de morango tem na verdade um "sabor ARTIFICIAL" de morango, não é o gosto do morango em si. Mas me diga, para que meio quilo de morango? Que exagero... Noto uma certa megalomania da sua parte, não? Bom querida, se me permite uma sugestão: creio que os morangos ficarão mais saborosos se você os juntar com nutella, tudo bem que o gosto que vai predominar é o da Nutella, então sugiro que os jogue fora e vá comer nutella. Não culpe a pobre fruta, ela também é uma vítima da industria moderna.


quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Deita no divã comigo

Hoje venho aqui ao divã para inaugurar a primeira sessão de "Deita no Divã comigo", basicamente irei analisar os casos mais bizarros que chegam por mim por e-mail, msn, Gtalk, Skype e qualquer outro meio de comunicação virtual. Atendendo a pedidos, choros, ameaças e strips na cam, abri meu divã para demais pacientes.

Hoje analisaremos um e-mail muito carinhoso que chegou em minha caixa de entrada hoje:

"Olá Dra Rapha,

tudo bem? Espero que sim. Bom meu nome é *Pessoa-Que-Não-É-A-Amiga-Da-Rapha-De-Sobrenome-Esquisito e eu tenho um problema. Dia destes eu estava na academia, malhando com meus colegas de trabalho, quando me abordou um rapaz. O tal rapaz era alto, forte e malhado, começou a puxar papo de "como vai o marido? e os filhos", e todas aquelas perguntas bestas que os homens fazem pra saber se a gente é casada e tal. Primeiro me deu uma vontade ENORME de chutar o *&#@^@! dele, mas como ele levantava 6 vezes mais peso que eu, pensei que talvez não fosse uma boa idéia. Dra... Eu não sei o que aconteceu, mas conversa vai conversa vem... Acabei dando meu telefone pro George (nome do cara lá)! Dra eu sou lésbica! E se ele me ligar? Ai meu Deus o que eu vou falar? Será que sou hétero? Dra me ajude!"


Dra Rapha: Calma *Pessoa-Que-Não-É-A-Amiga-Da-Rapha-De-Sobrenome-Esquisito, não coloque sua sexualidade em dúvida. Tenho que admitir que estou um tanto quanto decepcionada com você, que se diz ser uma fã das aventuras da Rapha e não aprendeu nada com o fora que a feia deu na Rapha. Quando uma pessoa que você não tá afim, inventa de te pedir ou perguntar alguma coisa, você incorpora a feia e fala: "Não, eu estou com meus amigos". Tudo bem que, analisando de uma ótica Feial, você poderia levar um fora do nível: "Sabe o que é? É que eu tava observando aqui de longe, vi você levantando esses meio quilinhos, suando mais que uma chaleira e vim aqui falar com você por pena viu ow... Sua feia?". Mas ao menos você se salvaria do vexame de ter que fingir que a ligação fica cortando todas as vezes que ele te ligar. Contudo não se sinta ameaçada da sua homosexualidade, todas nós erramos.



*Nome trocado para não revelar ou comprometer ninguém.