Eu-sexual

Rapha: Oi dra o/

Dra. Rapha: Rapha? É mesmo você? Meu Deus devo estar surtando!

Rapha: Calma dra. Sou eu mesma.

Dra. Rapha: Mas faz tanto tempo! Achei que você havia alcançado a cura.

Rapha: Sabe dra, ás vezes chego a pensar que essa "cura eterna" que pregamos não passa de uma utopia, assim como a "paz perpétua" de Kant. Afinal somos humanos, é da nossa natureza conflitar. Agora mesmo existe um conflito gigante acontecendo aqui mesmo dentro de mim.

Dra. Rapha: Huum... Vendo por esse lado, realmente... Afinal veja como duas Raphas conversam entre si, concordam e discordam numa rapidez, força e intensidade profundas. E isso é porque estamos apenas como Dra e Paciente, sem contar a popstar, segurança negão, enfermeira peituda... Huum... Estamos profundas hoje não é minha querida?

Rapha: Nem tanto dra, nem tanto. Apenas vim aqui tratar de minhas doenças mentais que tanto me afligem.

Dra. Rapha: Conte-me sobre seus problemas minha querida.

Rapha: Sabe dra, é que eu ando tendo uns sonhos...

Dra. Rapha: De caratér sexual?

Rapha: Ahn... Eu ficaria até ofendida com essa pergunta... Mas é.

Dra. Rapha: Não existe nada de errado em ter sonhos de carater sexual Rapha. Freud mesmo explicou que, nós humanos somos seres extremamente sexuais.

Rapha: Eu sei! Eu sei. Mas entenda dra que nos sonhos não sou eu.

Dra. Rapha: Você não é você?

Rapha: Não. Eu sou meu "eu sexual".

Dra. Rapha: Ahn... Como um "eu lírico"?

Rapha: Isso!

Dra. Rapha: Aaaah! Interessante, e como é esse seu "eu sexual"?

Rapha: Bom... Ai que tá. Eu sou uma metamorfose ambulante, eu sou homem, mulher, traveco...

Dra. Rapha: Você muda de forma o tempo todo?

Rapha: Na verdade não... Eu meio que me adapto a situação sabe? Hehehe, o material aumenta ou diminui de acordo com o que vou enfrentar hihihihihihihi.

Dra. Rapha: Entendo. Não é incomum sonhar-mos que somos outras pessoas, ou que temos outros corpos. Faz parte do seu subconsciente. Como seres extremamente sexuais que somos, meio que adotamos a identidade sexual de outros generos, afinal quando ainda estavamos no útero nem sexo tinhamos, eramos iguais. No fundo somos tanto homem quanto mulher.

Rapha: Então... Meu lado... "Raphão" que aflorou nos sonhos foi?

Dra. Rapha: Pode ser que sim. Até eu tenho um lado "Dr Raphão" dentro de mim.

Rapha: Entendo. Mas sabe dra... Nem me acho tão sexual assim como Freud e a senhora tanto falam.

Dra. Rapha: Como não Rapha? Sexo é vida, é prazer e aqui citarei uma frase da música "Alegria" da nossa querida Vanessa da Mata "Salve o prazer, SALVE O PRAZEEEER!".

Rapha: Sei lá dra. Acho que é por conta da falta. Faz você se achar menos sexy, sexual e tal.

Dra. Rapha: Querida ser um ser sexual não implica necessariamente em manter relações sexuais o tempo todo. Só porque você não faz não quer dizer que não tenha vontade, mesmo que inconscientemente de fazer.

Rapha: AAAAH!!! Sendo assim sou sexual.

Dra. Rapha: Eu disse... Todos nós somos. Contudo, nosso tempo, querida sexual, acabou.

Rapha: Tudo bem dra. A senhora já fez muito por mim! Vou marcar com a Rapha Secretária.

Dra. Rapha: Ok querida. Espero te ver em breve.

Rapha: Claro dra. Tchau o/

Dra. Rapha: Tchau Rapha. PRÓXIMO!